terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Chefe de torcida X Darlene

Coluna do jornalista Cláudio Nunes, do dia 16/12.
segue o link:

http://www.infonet.com.br/claudionunes/ler.asp?id=121906&titulo=claudionunes


Almeida volta a atacar imprensa

O titular deste blog e os jornalistas Carlos Batalha e Luiz Eduardo Costa foram“escalados” pelo governo, pelo senador Valadares e pelo ex-governador João Alves Filho para “baterem” no deputado federal Almeida Lima. É a opinião de Almeida Lima exposta ontem no programa Impacto da rede Ilha. Chamou o que escreveu Luiz Eduardo Costa de “excremento humano”.

“Quatro ou cinco jornalistas escalados pelos dois lados, do governo e do ex-governador João Alves contra mim”, disse Almeida Lima ao ser entrevistado ontem na rede Ilha. Ele afirmou que toda essa orquestração é porque ele passou para a oposição. “João Alves não pode fazer oposição porque vive amordaçado pela Navalha”.

Com sua natural modéstia na entrevista Almeida Lima deixa claro que ele é o único que “encarna” a verdadeira oposição em Sergipe e por isso o próprio governo incentiva o nome de João Alves como candidato da oposição porque é mais fácil derrotá-lo.

Mais tarde, Almeida Lima enviou para imprensa um artigo “A agonia será, apenas, do Escrevinhador Chefe de Torcida?”, onde faz diversos elogios ao titular deste espaço, desde a credibilidade, passando pelo “lixo” que escreve, fixação, decadência e defesa dos corruptos. Logo ele, Almeida Lima fala em corrupção quando foi o escudeiro mor de Renan Calheiros no Senado Federal.

Almeida Lima não tem o que falar do titular deste espaço, que nunca pediu nada para ele. Pelo contrário, no ano 2000, foi convidado por Valadares para participar da campanha dele a prefeito de Aracaju, mas não aceitou. Preferiu participar ativamente da campanha de Almeida Lima sem pedir nada. Pelo contrário gastou do próprio bolso. Talvez a agonia dele seja essa: chama de lixo o que num passado recente achava o luxo. Não tem como atacar a honra e o caráter do titular deste espaço. É o dono da ética e da verdade.

O desespero de Almeida Lima é um só: 2012 e a campanha em Aracaju. Ele sabe que seu tempo passou. Que não representa nenhuma Nova Ordem, pelo contrário, representa o atraso e que todos da imprensa que o criticam estão à serviço de algum político.

Pobre Almeida Lima, morrerá eleitoralmente enforcado em sua própria língua, assim como a Darlene, personagem de uma novela Global, que serviu de apelido para ele quando Senador, porque fazia tudo para aparecer na mídia. Apelido este dado não por algum jornalista sergipano, mas pela própria imprensa nacional. Com certeza Almeida dirá que a imprensa nacional estava à serviço de alguém.

Pobre Almeida que não tem nada para dizer aos aracajuanos e prefere soltar a língua de Darlene para todos os lados. Ataca todos os políticos e agora parte da imprensa. Esquece que assim como em 2008, onde fez uma campanha rica e acabou em terceiro lugar. E sabe que em 2012, se tiver coragem de ser candidato, perderá novamente.

Quanto ao titular deste espaço, Chefe de torcida sim e de preferência a do Flamengo. Melhor do que ser chamado de Darlene nacionalmente, que não passa de uma mera animadora de torcida, que para chamar a atenção na novela tem que vestir roupas curtas e dançar muito nos estádios da vida...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

PROVAS

Esta é do jornalista Ivan Valença, na coluna COLUNÃO, no Jornal da Cidade do último domingo:


Provas


Arauto da ética e da moral, o agora deputado federal Almeida Lima foi pego de calças curtas. A denúncia do jornalista Luís Eduardo Costa – de que ele ficava com boa parte dos salários dos servidores do seu gabinete no Senado – levou-o ao rádio praticamente todos os dias para destratar o jornalista. Como se sabe, o jornalista que é contra ele está “sempre a serviço de alguém”. Agora, provar que a denúncia era mentira isso ele não provou.
No seu gabinete no Senado, Almeidinha empregava primos e primas carnais e mais os srs. João Farias e Valdemar, para só citar estes. Até com servidores que moravam em Sergipe, era costume ficar com os cartões para retirar o dinheiro e só devolver a eles quanto lhe interessasse. Por causa disso, um ex-vereador preferiu deixar de ser seu fiel escudeiro. Com muitos desses funcionários, ele saiu brigado. Se a denúncia é mentira, Almeidinha está na obrigação de apresentar depoimentos desses servidores desmentindo os fatos...

Segue o link:

A PROPÓSITO DE PAVÕES, E DE SERPENTES

Texto publicado na coluna do jornalista Luiz Eduardo Costa, no jornal O DIA do último domingo:


Há, num recanto sertanejo de Sergipe, um vistoso trio de pavões, aquelas aves coloridas, extremamente vaidosas, em estado permanente de exibição narcisista. Olhando os bichos fazendo círculos com as penas do rabo estendidas em forma de leque, uma pessoa que estava a contemplar o espetáculo de pavoneante ostentação, perguntou a outra: qual o apelido que devo botar nesses bichos tão exibidos ?

E ouviu a resposta imediata: Almeida Lima.

Desde então, a todos os que chegam a visitar o sítio, quando aparecem os pavões é feita a mesma pergunta: Com quem se parecem esses bichos?

E a resposta é sempre a mesma: Almeida Lima.

Os que enxergam similitudes entre o vaidoso balé revoluteante dos emplumados pavões presunçosos e a pose arrogante do ex- senador Almeida Lima, terão de render-se a uma nova realidade . Ele está tentando ser mais coruja. Aquela ave, que parece viver em estado contemplativo, é, entre nós, o símbolo da sabedoria, e o ex-senador encoruja-se, sem abandonar, todavia, o estilo do pavão belicoso. Enquanto agride, busca também um incipiente filosofar.

Depois de muito contemplar-se no espelho, (as vezes, adverte Umberto Eco, a imagem no espelho pode ser uma simples ilusão ou experiência alucinatória) depois de muito remexer gavetas onde guarda fotos escolhidas, colocou uma delas encimando um escrito intitulado Oposição Sem Ódio e Sem Medo, publicado no blog do deputado Gilmar Carvalho. Cita então, o ex-senador, o poeta e pensador francês Paul Valéry, a quem chama de filósofo, dele aproveitando uma frase: ¨Os incapazes de combater o pensamento combatem o pensador¨.

Não demora, o ex-senador que momentaneamente troca as plumas multicoloridas e exibicionistas do pavão pelas cinzentas penas da recatada coruja, assim, dando a si mesmo o título de filósofo, vai querer botar o seu próprio rosto naquela famosa escultura de Rodin. Já imaginaram ? Almeida, O Pensador, esculpido numa imensa estátua, colocada exatamente em frente à sua mansão, O Chateau

D `Almeida? A pronúncia é francesa: ¨Chatô Dalmêdáa.¨

Quando associam o ex-senador ao pavão, as pessoas não fazem apenas uma junção de vaidades, há mais semelhanças. O pavão é bicho bipolar. Convencido, enxergando-se como grande celebridade, pomposamente, passa horas a exibir-se. Quem assim o vê, nem imagina do que o bicho é capaz. O pavão, exageradamente ególatra, é também odiento. Acumula rancores, vive a rezingar com a própria sombra. Não se conforma, porque a sua sombra não é também colorida, como as suas penas. O pavão, é, além de tudo, um bípede emplumado cheio de complexos.

Embora o seu gênio anti-social seja pouco conhecido, aparecendo mais o face vaidosa, é ave de péssimo caráter. Não tolera ao seu lado nenhum outro bicho, todos são seus inimigos, ataca até aqueles da sua própria espécie. Mas guarda um lado manhoso, disfarça, as vezes consegue até ocultar os distúrbios,( seriam psíquicos? ) que tanto o tornam inquieto. No silencio calmo da noite o pavão costuma despertar soltando grasnidos terríveis. Deve ser vítima, também, de infernais pesadelos. Haveria analistas para pavões ?

Esqueçamos o pavão, que entra nesta estória apenas como figurante da fábula, sempre próxima à realidade da vida. Voltemos ao ex-senador. Houve uma inexpressiva nota publicada nesta página no último domingo, que repercutiu muito na mídia sergipana.

Reproduzimos a nota intitulada Uma denúncia que vai render que motivou os costumeiros impropérios de Almeida Lima: ¨Há um ex-assessor do ex-senador e agora deputado federal Almeida Lima dizendo ter como provar que ele tinha conhecimento de que, um seu auxiliar de confiança, guardava os cartões bancários dos seus assessores, e deles retirava, em alguns casos, até oitenta por cento dos salários. Garante o assessor que vai levar o caso à Comissão de Ética da Câmara Federal.¨

Só isso, nada mais do que isso.

O ex- senador sentiu-se ofendido, desatou a fazer acusações, xingamentos, agressões, grosserias deselegantes. A sua especialidade.

Não precisaria tanto. Defensor da ética, da transparência, implacável inimigo da corrupção, a ele bastaria esclarecer, desfazer as suspeitas, simplesmente mandando que todos os seus assessores nos tempos de senador, solicitassem, ao banco onde tinham contas, os seus extratos. Pela movimentação deles, se verificaria, com facilidade, se houve ou não a invasão de uma mão esperta nos salários dos servidores.

Falamos, e muito, em pavões, até em corujas, mas há que lembrar também de ofídios. No mesmo Paul Valéry, autor citado pelo pavão, desculpem-nos, Almeida Lima, vamos encontrar, em Monólogos, algo sobre serpentes.

Transcrevemos: ¨A serpente come a própria cauda. Mas é só depois de um longo tempo de mastigação que ela reconhece, no que ela devora, o gosto da serpente. Ela para... então... Mas, ao cabo de um outro tempo, não tendo nada mais para comer, ela volve a si mesma....

Chega então a ter a sua cabeça em sua goela